terça-feira, 23 de outubro de 2007

Pesquisa sobre Cédulas de Um Real

Estava eu hj andando para Universidade, e, a cobradora do ônibus me diz que as cédulas de Um Real, deixaram de valer..., eu fiquei abismado e com isso eu fui ao Oráculo Supremo (goooogle) e pesquisei sobre isso e encontrei duas citações muito interessantes, uma de um jornal e a outra de um blog:

JORNAL DE HOJE

http://www.jornaldehoje.com.br/novo/navegacao/ver_artigos.php?id_artigo=248

BLOG

http://www.hikawa.com.br/2003/07/coisas-que-eu-no-sabia-sobre-o-nosso.html


SEGUE:

Cédulas

– O tempo corre, os dias se vão, as noites continuam tristes ou cheias de festas em cafés e bares opíparos, uns, e as cédulas de um real não saem. Não saem e o que se ouve é que não sairão.
– E estes senhores do governo inimitável não vêem que a cédula de um real é o alicerce de toda a grandeza do real. Será possível que tenhamos de ir à Casa da Moeda e explicar isso e dizer que imprimam, imediatamente, a senhora nota. Ela é a célula mater.
– Pronto. Eles pensam assim. Vão deixar de imprimi-la, e ver a grandeza nacional, numa de dois, que toma, drasticamente, o seu lugar. Não admitem a cédula de um, quando têm em seu redor outras de cinquenta ou de cem.
– E deixam o povo a ver moedas.
– Nem isso. Elas não aparecem. São bonitas, sim, mas coadjuvantes. E protagonista seria a de um, mesmo decadente, mas segurando a barra. Pra não dar a impressão de que a inflação a devora. O povo não sabe disso. Ama-a e precisa dela. Digam isso por favor ao presidente, quando ele voltar da Finlândia. Da Suécia e da Dinamarca. Aquele que não nos fez a Refinaria, não nos deu o PVC, nos tirou a Trans-nordestina, não admira o São Gonçalo e vai nos deixar na mão correndo, a pé, daqui pro interior, por falta de asfalto.
– Alegam que os meninos guardam as moedas no mealheiro, por serem bonitas O qué que tem? Deixa a meninada amar a sua moeda bonita. Deixa a gente admirá-la uns dois meses, pois não se agüenta passar mais de um mês com ela guardada.
– Não é possível manter-se uma estabilidade segura, se ela não se mostra segura. A base.é a nota de um, a mais andada, a mais transmissora de importância. Tudo no dia-a-dia é com um real. Na hora em que você deixa de imprimi-la, a cédula de dois toma o seu lugar. E a coisa muda de figura.
– Sabia que se tem raiva por ver a cédula de um no bagaço?
– Também. Mas, como não existe mais a cédula, e a que circula ainda é um farrapo, como cê diz, o pedinte já exige uma nota de dois. O gandula dos carros já briga por outra .Também de dois. Fora as festas noturnas onde o flanela já exige uma de cinco.
– Não deixa de ser um absurdo. Eu ouvi os diretores da Casa da Moeda e do Banco Central, ano passado, afirmarem que a impressão de cédulas seria toda reestruturada. Comecinho do ano passado Haveria as cédulas de l, 2 e 5, com tamanho mais ou menos o mesmo... A de dez seria reforçada com altura e a de cinquenta teria um bem diferente. E a de cem? Ganharia mais comprimento.
– Aí já para evitar a falsificação.
– Certo. E não nos interessa tanto o assunto, apesar de ser de relevância no meio. Mas, o principal é se cuidar do que é diário, do que é pai e mãe da necessidade. Na hora que você suprime a cédula de um, mata a carreira do rebocador.
– E há também a necessidade de explicar o que fizeram com a cédula de dez, aquela enfeitada que só bloco em dia de carnaval. Seria um sucesso, não fora o silêncio que se faz em torno, sem se dar mais uma palavra sobre o assunto. Isto num pais que preza por sua moeda não se toleraria.
– É que ultimamente há correlações monetárias, entregas de dinheiro em hotéis, em postos de gasolina, em pensões. E ele anda de bolsa em bolsa, quando não em sacola de supermercado. Nunca ouvi falar num meio circulante mais escarafunchado.
– Eles não vão nos ouvir mesmo, mas que dá pena, dá. O funcionário público, alma e sustentáculo de boa administração, que não precisa ser comparada com qualquer outra, posto que una e indivisível, hoje é humilhado, seccionado. Vão reforçar de novo o celetista. E correlatas estão as novas funções, sem conexão com o progresso. Tudo de babado novo. Se dá aumento para quem tá lá em cima mas pra quem tá aqui em baixo, ó! Só baba de moça.
– O que, mesmo simbólico, é um desajuste.Vamos comunicar ao Arnaldo que tá lá fora, conferindo carga.

A POESIA SERVE, SIM

CREIO-EM-DEUS-PADRE
Não se perca em mim
a ternura do desaforo
nem morra na rua
por onde passo
o sustento do pão
de cada dia que vejo

Autor: Afrânio Pires Lemos

E-mail: Escritor (afrapil@yahoo.com.br)







Coisas que eu não sabia sobre o nosso rico dinheirinho

- que o domínio da Casa Da Moeda é com.br e não gov.br;

- que a nota de dez reais de polímero é comemorativa [500 anos do descobrimento] e que o dinheiro de plástico foi utilizada pela primeira vez na Ostrália e já está presente em treze países, atualmente. Estas notas estão sendo submetidas a testes de uso in the wild [para utilizar um termo informático já que minha memória, caham...] até 2004, quando se definirá se substituirão as notas de outros valores de papel pelo plástico;

- que aquela janela vermelha é, na verdade, um filtro! posicionado-a de modo que fique sobreposto a uma das embarcações impressas no lado oposto da cédula, observa-se em seu interior o realce do número "10";

- que as notas de um e de cinco reais perderam o fio de segurança;

- que nelas e nas de 10 reais de papel a marca d'água foi substituída: saiu a efígie de dona República, entra a bandeira tremulante brasileira;

- que qualquer agência bancária recebe notas danificadas por traças, cupins, cortadas ou queimadas desde que o pedaço sobrevivente corresponda a mais que 50% do tamanho da nota - isso vale para cédulas que foram esquecidas no bolso da calça que foi pra lavadora e pras rabiscadas também;

- o mesmo vale para as moedas, desde que o valor seja identificável;

- que a denominação correta para as moedas de inox é "moeda da primeira família" e para as moedas de diferentes ligas e metais é "moeda da segunda família";

- que, por motivo de economia, há um ano o cuproníquel foi substituído pelo inox e a alpaca por aço revestido de bronze, o que nos deixa com três tipos de moeda de cinqüenta centavos e três de um real, aquela de duas cores: o dourado do anel hoje é mais puxado para o vermelho.

De tanto não-ver nota de dois reais tinha até esquecido que ela existe. A de vinte vi poucas também, mas por ser tão diferente, com a fita holográfica, é mais difícil de esquecer...

Agora só preciso manusear cédulas e moedas pra confirmar se as informações, retiradas do site do Banco Central, procedem. Donativos [pelo bem da pesquisa] para esta Pata, Lógica.
;o)

Fechando a contabilidade, então, temos em circulação hoje:

- dois tipos de cédulas de um real
- um tipo de cédula de dois reais
- dois tipos de cédulas de cinco reais
- três tipos de cédulas de dez reais
- um tipo de cédula de vinte reais
- um tipo de cédula de cinqüenta reais
- um tipo de cédula de cem reais

- dois tipos de moedas de um centavo
- dois tipos de moedas de cinco centavos
- dois tipos de moedas de vinte e cinco centavos
- três tipos de moedas de cinqüenta centavos
- três tipos de moedas de um real

Eita. Nóis é um país rico.