quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SCRIB

OLÁ pessoal depois de muito tempo sem postagem (pra variar) estava em vendo meu e-mail quando um deles era um alerta automático do Gmail, nele tinha um link para um livro cujo meu professor (o nome dele em o alerta) escreveu compartilhadamente um capitulo de um livro, achei o livro muito interessante, mas o que me chamou mais atenção foi onde este livro estava hospedado, em um sitio denominado SCRIB, se meu inglês não me trair quer dizer ESCRIBA, povo judeu dos tempos de Jesus que era o povo que dominava as leis e a escrita, trazendo para hoje seria os ESCRITORES, onde reforça que a minha tradução esteja próxima da exatidão, é um sitio onde vc faz o upload de seus textos, livros, apostilas, manuais e etc.

O sitio é em inglês, procurei nas configurações não achei nem um lugar para mudar o idioma para o nosso velho e difícil português (mais isso já é outra história), mas não há muita dificuldade não, vc pesquisa o assunto e alista de resultados aparece na língua digitada.

Hoje foi a minha primeira experiência no SCRIB. Mais detalhes estarei acrescentando em futuras postagens.

Haaaaa esqueci de falar este sitio também funciona como REDE SOCIAL, vc pode convidar amigo e ter uma lista e pode também interagir em comunidades, seria um ORKUT “cientifico”, já que este é o meu interesse nos textos ali hospedados.

Estou disponibilizando um livro muito interressante sobre O CICLO DO NITROGENIO




O NITROGÊNIO E O CICLO DO NITROGÊNIO
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O NITROGÊNIO E O CICLO DO NITROGÊNIO. Prof. Dr. Luiz Antonio Gallo Depto. Ciências Biológicas As plantas requerem certo número de elementos além daqueles que obtém diretamente da atmosfera (carbono e oxigênio sob a forma de dióxido de carbono) e da água do solo (hidrogênio e oxigênio). Todos estes elementos, com exceção de um, provêm da desintegração das rochas e são captados pelas plantas a partir do solo. A exceção é o nitrogênio, que representa 78% da atmosfera terrestre. Embora as rochas da superfície terrestre constituam também a fonte primária de nitrogênio, este penetra no solo, indiretamente por meio da atmosfera, e, através do solo, penetra nas plantas que crescem sobre ele. Entretanto, a maioria dos seres vivos é capaz de utilizar o nitrogênio atmosférico para sintetizar proteínas e outras substâncias orgânicas. (Ao contrário do carbono e do oxigênio, o nitrogênio é muito pouco reativo do ponto de vista químico, e apenas certas bactérias e algas azuis possuem a capacidade altamente especializada de assimilar o nitrogênio da atmosfera e convertê-lo numa forma que pode ser usada pelas células. A deficiência de nitrogênio utilizável constitui muitas vezes, o principal fator limitante do crescimento vegetal. O processo pelo qual o nitrogênio circula através das plantas e do solo pela ação de organismos vivos é conhecido como ciclo do nitrogênio. Fig. 1. absorção do Nitrogênio por plantas noduladas e não noduladas. (Buchmam et al. 2000) 1 Amonificação. Grande parte do nitrogênio encontrado no solo provém de materiais orgânicos mortos, nos quais existe sob a forma de compostos orgânicos complexos, tais como proteínas, aminoácidos, ácidos nucleicos e nucleótides. Entretanto, estes compostos nitrogenados são, em geral, rapidamente decompostos em substâncias mais simples por organismos que vivem nos solos. As bactérias saprófitas e várias espécies de fungos são os principais responsáveis pela decomposição de materiais orgânicos mortos. Estes microrganismos utilizam as proteínas e os aminoácidos como fonte para suas próprias proteínas e liberam o excesso de nitrogênio sob a forma de amônio (NH4+ ). Este processo é denominado amonificação. O nitrogênio pode ser fornecido sob a forma de gás amoníaco (NH3), mas este processo ocorre geralmente apenas durante a decomposição de grandes quantidades de materiais ricos em nitrogênio, como numa grande porção de adubo 2 ou fertilizante. Em geral, a amônia produzida por amonificação é dissolvida na água do solo, onde se combina a prótons para formar o íon amônio. Nitrificação Várias espécies de bactérias comumente encontradas nos solos são capazes de oxidar a amônia ou amônio. A oxidação do amoníaco, conhecida como nitrificação, é um processo que produz energia e a energia liberada é utilizada por estas bactérias para reduzir o dióxido de carbono, da mesma forma que as plantas autotróficas utilizam a energia luminosa para a redução do dióxido de carbono. Tais organismos são conhecidos como autotróficos quimiossintéticos (diferentes dos autotróficos fotossintéticos, como as plantas e as algas). As bactérias nitrificantes quimiossintéticas Nitrosomonas e Nitrosococcus oxidam o amoníaco dando nitrito (NO2-): 2 NH3 + 3O2 2 NO2- + 2 H+ + 2 H2O O nitrito é tóxico para as plantas superiores, mas raramente se acumula no solo. Nitrobacter, outro gênero de bactéria, oxida o nitrito, formando nitrato (NO3-), novamente com liberação de energia: 2 NO2- + O2 2 NO3- O nitrato é a forma sob a qual quase todo o nitrogênio se move do solo para o interior das raízes. Poucas espécies vegetais são capazes de utilizar proteínas animais como fonte de nitrogênio. Estas espécies, que compreendem as plantas carnívoras, possuem adaptações especiais utilizadas para atrair e capturar pequenos animais. Digerem-se, absorvendo os compostos nitrogenados e outros compostos orgânicos e minerais, tais como potássio e fosfato. As plantas carnívoras em sua maioria são encontradas em pântanos, que são em geral fortemente ácidos e, portanto, desfavoráveis ao crescimento de bactérias nitrificantes. Assimilação do nitrogênio Uma vez que o nitrato se encontra no interior da célula, é novamente reduzido a amônia. Este processo de redução requer energia, em contraste com o processo de nitrificação, que envolve oxidação (do NH4+) e liberação de energia. Os íons amônio formados pelo processo de redução são transferidos a compostos carbonados para produzir 3 aminoácidos e outros compostos orgânicos nitrogenados. Este processo é conhecido como aminação. A incorporação do nitrogênio em compostos orgânicos ocorre, em grande parte, nas células jovens e em crescimento das raízes. As etapas iniciais do metabolismo do nitrogênio parecem ocorrer diretamente nas raízes; quase todo o nitrogênio que ascende no xilema do caule já se encontra sob a forma de moléculas orgânicas, principalmente aminoácidos. Formação dos aminoácidos Os aminoácidos formam-se a partir de íons, amônio e cetoácidos. Os cetoácidos são geralmente produtos da fragmentação dos açúcares. A figura abaixo mostra a reação global pela qual um cetoácido se combina ao amônio para formar um aminoácido. O principal aminoácido formado desta maneira é o ácido glutâmico (figura 1). O ácido glutâmico é o principal transportador de nitrogênio na planta. Além dos aminoácidos produzidos pela aminação de um cetoácido, outros são formados por transaminação. A transaminação é a transferência do grupamento amino (NH2) de um aminoácido para um cetoácido, formando outro aminoácido. A figura abaixo mostra a formação da alanina pela transferência do grupamento amino do ácido glutâmico para o ácido pirúvico. A planta, quer por aminação ou transaminação (Figura 2)é capaz de sintetizar todos os aminoácidos necessários a partir do nitrogênio inorgânico. Os animais são capazes de sintetizar apenas cerca de 8 dos 20 aminoácidos necessários, devendo adquirir os outros por meio da alimentação. Por conseguinte, o mundo animal depende totalmente do reino vegetal para suas proteínas, bem como para seus carboidratos. Figura 2: Isoenzimas da GS e Gogat. (Buchmam et al 2000) 4 Outros compostos nitrogenados Outros importantes compostos orgânicos nitrogenados incluem as nucleótides, tais como ATP, ADP, NAD e NADP: a clorofila e outras moléculas orgânicas semelhantes com anéis de porfirina: e os ácidos nucleicos ADN e ARN. Muitas das vitaminas, com o grupo das vitaminas B, contém nitrogênio. Estas substâncias, como os aminoácidos, podem ser sintetizadas pelas plantas a partir do nitrogênio inorgânico, mas devem ser obtidas das plantas pelos animais (Figura 4) Outra grande diferença entre plantas e animais na manipulação do nitrogênio consiste na capacidade das plantas de reciclar o amoníaco ou o amônio. Os animais são incapazes de reciclar estes produtos de degradação do metabolismo do nitrogênio e, em conseqüência, os compostos nitrogenados são constantemente excretados na urina, fezes, suor e mesmo lágrimas. Embora ocorra alguma perda de nitrogênio nas folhas que caem das plantas, apenas pequenas quantidades dele são excretadas pelo corpo da planta. De fato, a excreção de grandes quantidades de materiais de degradação de qualquer espécie é apenas típica dos animais. 5 Perda de nitrogênio Conforme observamos, os compostos nitrogenados das plantas clorofiladas retornam ao solo com a morte das mesmas (ou dos animais que delas se alimentaram), sendo reprocessados pelos organismos e microrganismos do solo, absorvidos pelas raízes sob a forma de nitrato dissolvido na água do solo e reconvertidos em compostos orgânicos. Durante o decorrer deste ciclo verifica-se sempre uma “perda” de certa quantidade de nitrogênio, no sentido de se tornar inutilizável para a planta. Uma das principais causas desta perda de nitrogênio é a remoção de plantas do solo. Os solos cultivados exibem freqüentemente um declínio constante no conteúdo de nitrogênio. O nitrogênio pode ser também perdido quando a parte superficial do solo é decapitada pela erosão ou quando sua superfície é destruída pelo fogo. O nitrogênio é também removido pela lixiviação; os nitratos e nitritos, que são anions, mostram-se particularmente suscetíveis à lixiviação pela água que se infiltra através do solo. Em alguns solos, bactérias desnitrificantes decompõem os nitratos e liberam nitrogênio para o ar. Este processo que fornece à bactéria o oxigênio necessário para a respiração é dispendioso em termos de necessidades energéticas (isto é, o O2 pode ser reduzido mais rapidamente que o NO3-) e ocorre extensamente apenas nos solos com deficiência de oxigênio, isto é, nos solos que são mal drenados e, portanto, pobremente arejados. Algumas vezes, uma alta proporção do nitrogênio presente no solo não é disponível para as plantas. Esta imobilização ocorre quando existe excesso de carbono. Quando substâncias orgânicas ricas em carbono, mas pobres em nitrogênio, a palha é um bom exemplo, se encontram em abundância no solo, os microrganismos que atacam estas substâncias precisarão de mais nitrogênio do que contêm a fim de utilizar totalmente o carbono presente. Em conseqüência, não utilizarão apenas o nitrogênio presente na palha ou material semelhante, mas também todos os sais de nitrogênio disponíveis no solo. Conseqüentemente, este desequilíbrio tende a normalizar-se à medida que o carbono é fornecido sob a forma de dióxido de carbono pela respiração microbiana, e à medida que aumenta a proporção entre nitrogênio e carbono no solo. Fixação do nitrogênio 6 Conforme podemos ver, se todo o nitrogênio que é removido do solo não fosse constantemente reposto, praticamente doa a vida neste planeta desapareceria finalmente. O nitrogênio é reabastecido no solo pela fixação do nitrogênio (figura3). A fixação do nitrogênio é o processo pelo qual o nitrogênio gasoso do ar é incorporado em compostos orgânicos nitrogenados e, assim, introduzido no ciclo do nitrogênio. A fixação deste gás, que pode ser efetuada, em graus apreciáveis, por apenas algumas bactérias e algas azuis, é um processo do qual dependem atualmente todos os organismos vivos, da mesma forma que todos eles dependem, em última análise, da fotossíntese para a obtenção de energia. Uma a duas centenas de milhões de toneladas métricas de nitrogênio são acrescentadas à superfície terrestre a cada ano pelos sistemas biológicos. O homem produz 28 milhões de toneladas métricas, cuja maior parte é utilizada como fertilizantes; no entanto, este processo é efetuado com alto custo energético em termos de combustíveis fôsseis. A quantidade total de energia necessária para a produção de fertilizantes de amônio é atualmente estimada como equivalente a 2 milhões de barris de óleo por dia. De fato, calcula-se que os custos da fertilização com nitrogênio estão atingindo o ponto de lucros decrescentes. As culturas tradicionais em áreas tais como a Índia não atingem uma produção significativamente aumentada com a utilização de fertilizantes com nitrogênio, tendo baixas necessidades deste elemento, mas estão sendo atualmente substituídas por “cereais milagrosos” e outras culturas que não produzem mais com fertilização com nitrogênio - justamente numa época em que tal tratamento está se tornando proibitivamente dispendioso. Das várias classes de organismos fixadores de nitrogênio, as bactérias simbióticas são, incomparavelmente, as mais importantes em termos de quantidades totais de nitrogênio fixado. A mais comum das bactérias fixadoras de nitrogênio é Rhizobium, que é um tipo de bactéria que invade as raízes de leguminosas (angiospermas da família Fabaceae ou Leguminosae), tais como trevo, ervilha, feijão, ervilhaca e alfafa. Os efeitos benéficos das leguminosas sobre o solo são tão óbvios que foram reconhecidos há centenas de anos. Teofrasto, que viveu no terceiro século a.C. escreveu que os gregos utilizavam culturas de feijão para enriquecer os solos. Nos locais em que as leguminosas crescem, certa quantidade de nitrogênio “extra” pode ser liberada para o solo, 7 onde se torna disponível para outras plantas. Na agricultura moderna constitui prática comum alternar uma cultura não leguminosa, como o milho, com uma leguminosa, como a alfafa. As leguminosas são então colhidas para feno deixando as raízes ricas em nitrogênio, ou ainda melhor, são aradas novamente no campo. Uma boa colheita de alfafa, que é recolocada no solo, pode fornecer 450 quilogramas de nitrogênio por hectare. A aplicação dos elementos vestigiais, cobalto e molibdênio, exigidos pelas bactérias simbióticas, incrementa grandemente a produção de nitrogênio se estes elementos estiverem presentes em quantidades limitantes, como em grande parte da Austrália. Microrganismos fixadores de nitrogênio de vida livre As bactérias não simbióticas dos gêneros Azotobacter e Clostridium são capazes de fixar o nitrogênio. Azotobacter é aeróbico, ao passo que Clostridium é anaeróbico; ambas são bactérias saprófitas comuns encontradas no solo. Calcula-se que elas fornecem provavelmente cerca de 7 quilogramas de nitrogênio por hectare de solo por ano. Outro grupo importante inclui muitas bactérias fotossintéticas. As algas azuis de vida livre desempenham também um papel importante na fixação do nitrogênio. São cruciais para o cultivo do arroz, que constitui a principal dieta de mais da metade da população mundial. As algas azuis podem desempenhar também um importante papel ecológico na fixação do nitrogênio nos oceanos. A distinção entre fixação do nitrogênio por organismos de vida livre e simbióticos pode não ser tão rigorosa como se pensava tradicionalmente. Alguns micróbios ocorrem regularmente no solo, ao redor das raízes de certas plantas que eliminam carboidratos, consumindo estes compostos e, ao mesmo tempo, fornecendo indiretamente nitrogênio para as plantas. As associações simbióticas entre bactérias normalmente de vida livre, como Azotobacter, e as células de plantas superiores em culturas de tecido induziram seu crescimento num meio artificial carente de nitrogênio. Figura 3 : Formação do nódulo (Buchmam et al 2000) 8 Figura 4: Assimilação do Nitrogênio por organismo fixador do N2. 9 Outras fontes de nitrogênio O nitrogênio gasoso pode ser oxidado pelos relâmpagos e arrastado para o solo através da chuva. A água pluvial pode carrear algumas vezes, amônia que escapou na atmosfera. As medições realizadas numa estação experimental na Inglaterra, durante um período de 5 anos, mostraram que a água da chuva levou 7,1 quilogramas de nitrogênio por hectare por ano. 10 SOLOS E AGRICULTURA Os elementos essenciais ao crescimento das plantas constituem apenas uma pequena proporção dos solos mais férteis, conforme podemos observar no Quadro 1. Os minerais mais comuns dos solos derivam do alumínio e do silício, mas estes, embora desempenhem um papel na manutenção dos elementos essenciais, não contribuem diretamente para a nutrição dos vegetais. Quadro 1 - Concentrações e quantidades dos elementos essenciais em solos agrícolas representativos. Elemento Essencial Porcentagem no Solo Ferro 3,5 Potássio 1,5 Cálcio 0,5 Magnésio 0,4 Nitrogênio 0,1 Fósforo 0,06 Enxofre 0,05 Manganês 0,05 Boro 0,002 Zinco 0,001 Cobre 0,0005 Molibdênio 0,0001 Em situações normais, os elementos presentes no solo recirculam, tornando-se novamente disponíveis para o crescimento das plantas. Conforme discutimos anteriormente, as partículas de argila de carga negativa são capazes de ligar íons positivamente carregados, tais como, por exemplo Ca2+, Mg2+ e K+. Os íons são removidos das partículas pelas raízes da planta, quer diretamente, quer após passar na solução do solo. Em geral, os cátions exigidos pelas plantas estão presentes em grandes quantidades nos solos férteis e as quantidades removidas por culturas simples são pequenas. Entretanto, quando uma série de culturas cresce num determinado campo e quando os nutrientes são continuamente removidos do ciclo pela sua colheita, alguns cátions (comumente o potássio) podem esgotar-se a tal ponto que se torna necessário adicionar fertilizantes contendo o elemento ausente. 11 O nitrogênio e o fósforo podem constituir também fatores limitantes sob condições de agricultura devido, em grande parte, à colheita das plantas. Por conseguinte, o nitrogênio, o fósforo e o potássio são os três elementos mais comumente incluídos nos fertilizantes comerciais. Os fertilizantes são geralmente rotulados com uma fórmula que indica a percentagem de cada um destes três elementos. Por exemplo, um fertilizante 10-55 é um fertilizante que contém 10% de nitrogênio, 5% de ácido fosfórico e 5% de potássio. Outros elementos essenciais são por sua vez limitante em solos cultivados, embora sejam necessários em quantidades muito pequenas. SUMÁRIO A terra é formada de cerca de 90 elementos de ocorrência natural, sendo os mais comuns o oxigênio, silício, alumínio e ferro. Os elementos são encontrados sob a forma de minerais. Um mineral é uma substância inorgânica que ocorre naturalmente, cuja composição química é definida. As rochas são misturas de minerais. O solo é formado pela desagregação das rochas e consiste de uma porção inorgânica e uma porção orgânica. O horizonte A do solo contém a maior parte da matéria orgânica, tanto viva quanto morto, bem como as partículas minerais mais altamente desagregadas. No horizonte B observa-se a presença de fragmentos minerais, com pouca matéria orgânica. composto de rocha relativamente pouco decomposta. Sabe-se que as plantas superiores requerem um total de 16 elementos para seu crescimento normal. Destes, o carbono, o hidrogênio e o oxigênio provêm do ar e da água. O restante é absorvido pelas raízes sob a forma de íons. Estes 13 elementos são algumas vezes classificados em macronutrientes e micronutrientes. cloro, cobre, manganês, zinco, molibdênio e boro. O sódio é necessário para algumas plantas, e o cobalto é indiretamente essencial para outras. Os elementos minerais desempenham numerosas funções importantes nas células. Regulam a osmose e afetam a permeabilidade celular. Alguns servem como receptores de elétrons, como componentes estruturais das células e como fatores acessórios para os catalisadores ou como componentes estruturais de enzimas. Os macronutrientes são o nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio e enxofre. Os micronutrientes são o ferro, O horizonte C é 12 Os minerais tornam-se disponíveis na solução edáfica para as plantas sob a forma de íons. Estas utilizam a energia metabólica para concentrar os íons de que necessitam. Alguns dos íons são captados por processos de transporte ativo, ao passo que outros fluem aparentemente de modo passivo, devido aos gradientes eletroquímicos criados pelos íons que se movem ativamente e suas bombas. Numa comunidade natural, os elementos são retirados do solo pelas plantas e, a seguir, retornam a ele quando as plantas ou os animais que delas se alimentam morrem. As associações do tipo micorriza entre fungos e raízes de plantas são importantes no funcionamento deste sistema e na mediação direta da captação dos íons. Sob condições agrícolas, o nitrogênio, o fósforo e o potássio tornam-se, mais comumente, fatores limitantes para o crescimento vegetal; portanto estes elementos são comumente fornecidos ao solo nos fertilizantes. A circulação do nitrogênio através do solo, através dos organismos vegetal e animal e, novamente através do solo, é conhecida como ciclo do nitrogênio. Envolve várias etapas. O nitrogênio alcança o solo sob a forma de material orgânico de origem vegetal e animal. Estas substâncias são decompostas por organismos que vivem no solo. A amonificação, que é a liberação de amônio (NH4+) de compostos nitrogenados é efetuada por bactérias e fungos que vivem no solo. A nitrificação é a oxidação do amônio, com formação de nitritos e nitratos; estas são realizadas por dois tipos diferentes de bactérias. O nitrogênio entra nas plantas quase que totalmente sob a forma de nitratos. No interior delas, os nitratos reduzem-se a amônio. Os aminoácidos são formados pela combinação de amônio com um cetoácido (aminação) ou através da transferência de um grupamento amino (-NH2) de um aminoácido para um cetoácido, dando origem a outro aminoácido (transaminação). Estes compostos orgânicos retornam subseqüentemente ao solo, completando o ciclo do nitrogênio. O solo perde o nitrogênio por remoção das culturas nele instaladas, erosão, fogo, lixiviação e ação das bactérias desnitrificantes. O nitrogênio é fornecido ao solo pela fixação do nitrogênio que consiste na incorporação de nitrogênio elementar em componentes orgânicos. microrganismos. A fixação biológica deste gás é totalmente efetuada por Estes incluem bactérias (Rhizobium), que são simbiontes das leguminosas, bem como bactérias e algas azuis de vida livre nos solos. Na agricultura, as 13 plantas são removidas do solo. Em conseqüência, o nitrogênio e outros elementos não são reciclados, como na natureza, e, portanto, devem ser freqüentemente repostos sob forma orgânica ou inorgânica. Bibliografia: Biochemistry and Molecular Biology of Plants Buchanan, Gruissem, Jones.2000 Am Soc. Plant. Physiology QUESTIONÁRIO 1 - Como é feita a fixação do Nitrogênio atmosférico? 2 - Qual a importância dos microorganismos fixadores de nitrogênio? 3 - Porque se deve repor as perdas de “N” dos solo através de fertilizantes? 4 - De que forma o “N” é transportados pelas plantas? 5 - Quais as principais enzimas responsáveis pela assimilação do “N”? 6 - Quais as principais reações bioquímicas onde esta enolvido o “N”? 7 - Quais os principais compostos onde o “N”é necessário? 14

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ONDE ESTÃO OS LÍDERES

COPIADO INTEGRALMENTE DE:
http://www.administradores.com.br/artigos/onde_estao_os_lideres/24482/

Há muito tempo tenho pesquisado e desenvolvido trabalhos sobre liderança e gestão de pessoas. Neste período presenciei muitas coisas intrigantes sobre o tema. Uma delas é o fato de haver tanto investimento na formação e desenvolvimento de lideranças, mas pouco resultado prático.

Dave Ulrich afirma em Liderança Orientada para Resultados: “o trabalho do líder exige mais do que caráter, conhecimento e ação; ele também demanda resultados”.

Segundo minhas observações e experiência no assunto um fator tem sido primordial para esta falta de resultados e eficácia dos programas de treinamento e desenvolvimento de lideranças: a falta de coragem dos líderes em assumir seu papel.

Um dos pressupostos básicos da liderança é a capacidade de tomar a iniciativa e assumir os riscos. Em outras palavras, o líder é aquele que diante do conflito, da dificuldade ou dos problemas toma a frente e assume a responsabilidade, promovendo as ações necessárias ou dirigindo os esforços dos subordinados para tal feito. Para Kouzes e Posner, “as oportunidades de liderança são na verdade aventuras de uma existência e requerem espírito pioneiro. Começar uma nova empresa, reverter uma operação perdida, melhorar intensamente a condição social, aumentar a qualidade de vida – todos são nobres esforços humanos. Esperar uma permissão para começá-los não é uma característica dos líderes. Agir com senso de urgência, sim”.

O que vemos é um tanto de gente em papel de liderança sem coragem para tomar as decisões necessárias para o bem das empresas, dos funcionários, da sociedade e deles próprios. Efetivamente sem este senso de urgência, de realização. Escondem-se atrás do manto sagrado do trabalho em equipe.

Nos estudos que tenho realizado junto a empresas de pequeno e médio portes, em grande parte, o medo das pessoas em assumir o risco da liderança está relacionada com a auto-estima. Geralmente rebaixada por motivos individuais e coletivos.

Desde criança, em nossa cultura, os pais educam os filhos para não correr riscos. Frases como: “não corra”, “vá devagar para não se machucar”, “não faça isso”, “não faça aquilo” e assim por diante, são constantemente proferidas pelos pais, educadores e outras pessoas próximas. Cria-se um verdadeiro time de covardes.

As atividades coletivas são mais estimuladas que as individuais. As pessoas são estimuladas a não se destacarem individualmente, mas coletivamente. Vemos este tipo de representação nos esportes, nas empresas e em várias atividades sociais. Os que se destacam por seus próprios méritos são rapidamente invejados ou depreciados por não saberem atuar em equipe.

Durante o período escolar são incentivadas a trabalhar em grupo, mas poucas vezes valorizadas por realizações individuais. Quando isso acontece há a desconfiança de privilégios.

Obviamente que é cômodo colocar a culpa somente na família, na sociedade, na escola e em tudo que é externo. Há a parte que cabe a cada um. O fato de ter sido educado para preferir ficar na zona de conforto não significa que devemos nos acomodar a isso. Romper esta barreira emocional criada na infância e na adolescência é o grande desafio. Para isso é preciso conhecer as limitações e qualidades que cada um tem. Quem deseja ser um líder precisa ficar atento a isto e sair do paradigma do “sempre foi assim”. Em resumo, assumir o risco.

Assumir o risco significa, em parte, não ser aceito, não ser compreendido, não agradar a todos, não abaixar a cabeça, não aceitar a mediocridade, o erro e o despreparo. Tudo isso tem um preço a ser pago. Para muitos este preço é muito alto. Pode custar o emprego, a aceitação do grupo, a imagem de boa pessoa e tudo mais.

Lembrando que um dos valores arraigados em nossa sociedade é o de viver bem na coletividade, ser um verdadeiro líder conflita com este estereótipo. Afinal, quem está preparado e predisposto para ir contra este padrão de comportamento?

O verdadeiro líder sabe disso e ainda assim segue em frente. Ele tem a certeza de que seu papel é exatamente o de conduzir aqueles, que por diversos motivos, não tiveram coragem de estar a frente.

Portanto, para ser um verdadeiro líder é necessário conhecer melhor a si mesmo, suas qualidades e fraquezas; transpor as barreiras do medo e da insegurança, trabalhando na sua auto-estima; ter propósitos firmes, porém, com humildade para saber mudar e se adaptar sempre que necessário. Vai encarar? Sucesso!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

APRESENTAÇÃO DA AGRONOMIA.

APRESENTAÇÃO DA AGRONOMIA.


ESTE TEXTO FOI COPIADO INTEGRALMENTE DE:
http://www.sobresites.com/agronomia/apresentacao.htm

A Agronomia utiliza contribuições de várias ciências exatas, sociais e econômicas. O arranjo original dessas contribuições lhe confere características próprias. Por meio de seus princípios e procedimentos, a Agronomia se manifesta como um conjunto organizado de conhecimentos. Em razão da multiplicidade de seus objetos de estudo, ela pode ser dividida em muitos ramos, tais como, por exemplo, horticultura, fruticultura, suinocultura e piscicultura.



Os conhecimentos agronômicos se combinam de diversas maneiras para formar vários modelos de pesquisa e ação. A definição e adoção de um modelo dependem notadamente dos objetivos e critérios definidos. Ao longo da história da humanidade, alguns modelos praticados têm estagnado, evoluído ou desaparecido. Tradicionalmente, a concepção e aplicação de modelos eram decididas essencialmente no sentido de garantir o lucro máximo ao produtor e procurar o aproveitamento máximo do meio natural. Mas, nos últimos trinta anos, tem-se desenvolvido e fortalecido, no mundo, uma tendência evidente e cada vez mais forte de elas serem definidas com base na motivação de atender às particularidades do consumidor e à proteção ao meio ambiente. Assim, existem várias formas de combinação de conhecimentos agronômicos, desde as que usam grandes quantidades de insumos químicos até as que respeitam e conservam a natureza.



A aplicação da agronomia apresenta um caráter geralmente local. Seu sucesso depende em grande parte de sua adaptação às particularidades do meio natural e mais especificamente do solo e do clima que variam de uma região à outra. No Brasil por exemplo, o Nordeste é bem diferente do Sul. Os modelos de combinação de conhecimentos agronômicos, usados para fins produtivos, precisam ser escolhidos em função da abundância ou escassez de fatores essenciais a seu uso.



Várias controvérsias têm sido registradas a respeito da eficiência econômica e social de tecnologias ligadas à agronomia. Uma das mais conhecidas se refere à Revolução Verde, denominação dada à introdução de variedades de cereais de alto rendimento (VAR) em países em desenvolvimento. Esta revolução foi realizada na década de 50. As novas variedades de trigo, milho e arroz foram criadas, no México, pelo CIMMYT (Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo) graças a uma subvenção da Fundação Rockefeller. As variedades melhoradas de arroz foram selecionadas, nas Filipinas, pelo IRRI (Instituto Internacional de Pesquisa em Arroz) inicialmente financiado pelas Fundações Ford e Rockefeller e, em seguida, patrocinado pela FAO. Muitos países da Ásia, do Oriente Médio, da África e da América Latina adotaram de maneira significativa essas novas variedades de cereais. A Revolução Verde abrangia não só as variedades melhoradas mas também outros componentes: irrigação e domínio do abastecimento em água e melhor utilização da umidade, fertilizantes, pesticidas e técnicas agronômicas associadas. Ela apresentou resultados técnicos espetaculares, permitindo a alguns países (como a Índia, o Bangladesh e a Indonésia) se transformarem de deficitários em alimentos a exportadores de cereais e acarretando também em outros países (como o Egito e o Paquistão) um aumento considerável no ritmo de produção agrícola. Entretanto, foi muito criticada sobretudo por causa da forte intensificação do uso de insumos agroquímicos que gerou preocupações relacionadas à ecologia e saúde humana.



Hoje em dia, há a questão dos transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGMs). No Brasil, o processo de difusão dos transgênicos no sistema alimentar caracteriza-se, essencialmente, por um embate entre entusiasmo de alguns atores sociais e resistência de outros. De um lado, há os que, motivados pelas promessas de obtenção de uma maior rentabilidade com o cultivo dos transgênicos, acreditam numa possibilidade de aumentar a competitividade da agricultura brasileira no cenário internacional. Por outro lado, há os que, preocupados com os potenciais riscos da biotecnologia moderna, alinham-se a um esforço de resistência coletiva à difusão dos transgênicos na agricultura brasileira. Envolvido nesse assunto, publiquei em 2004, na revista "Caderno de Ciência e Tecnologia", um artigo cujo objetivo foi examinar diferentes aspectos do contexto brasileiro de expansão dessas biotécnicas. Esse artigo caracterizou os desafios do sistema agroalimentar brasileiro em relação ao processo de globalização dos mercados e intensificação dos fluxos internacionais de tecnologia e discutiu as potencialidades da biotecnologia moderna, indicando as possibilidades de seu uso e analisando as condições científicas e tecnológicas do Brasil de promover e sustentar o processo de geração e uso de biotécnicas.



Um aspecto destacado através desse artigo é a importância de profissionais competentes para a sustentação dos processos de enriquecimento da agronomia e de aplicação de conhecimentos agronômicos. A agronomia é uma ciência que evolui. Além da experimentação, o tradicional método de pesquisa agronômica, usa-se atualmente a modelização e o diagnóstico in situ. Com a evolução da agronomia, estão sendo desenvolvidos novos ingredientes, aparelhos, instrumentos e máquinas. Também, multiplicaram-se as instituições que têm atividades de pesquisa e desenvolvimento relacionadas à agronomia. Portanto, evidencia-se cada vez mais a necessidade de acesso a informações sobre características e preços dos insumos assim como sobre objetivos, programas e projetos das instituições.



O Guia de Agronomia é concebido para atender a essa necessidade. Ela contem vários tópicos por meio dos quais é possível adquirir conhecimentos agronômicos e se informar de novidades relacionadas à agronomia.



André Yves Cribb

Editor do Guia Agronomia

Pesquisador A

Embrapa Agroindústria de Alimentos

HISTORIA DA AGRONOMIA NO BRASIL (PARTE 01)

História da Escola de Agronomia da UFBA, a partir do nascimento do Imperial Instituto Bahiano de Agricultura

ESTE TEXTO FOI COPIADO INTEGRALMENTE DE:
http://www.decisa.ufba.br/historico_agrba.html

Em meados do século passado a ciência agronômica dava grandes saltos no continente europeu. Na Alemanha emergia, pela mão de Justus Liebig, o ensino e a pesquisa em química agrícola, na Universidade de Giessen. Em 1840 é publicado seu livro Die Organische Chemie in Iihrer Anwendung, um verdadeiro compêndio de química aplicada à agricultura, destinado a se constituir no manifesto da agronomia contemporânea, permitindo Liebig desfrutar da fama de ser o primeiro agrônomo europeu da era industrial. A este avanço se somam aqueles aduzidos por Hellriegel e Wilfarth sobre a ação fixadora de nitrogênio por parte de bactérias que vivem em simbiose com as leguminosas e as contribuições trazidas por Edmund Ruffin, sobre o uso generalizado do calcário para corrigir a acidez do solo. Estas descobertas, praticamente, fecham o ciclo dos conhecimentos que vêm, até hoje, orientando as teorias sobre nutrição vegetal.

Na França, por outro lado, tinha lugar a contribuição de Jean Baptiste Dieudonné Boussingault, cujo propósito era o de desenvolver tecnologias com base em todos os conhecimentos científicos disponíveis, inclusive aqueles aportados pelo próprio Liebig.

A Inglaterra, de sua parte, dava, pela mão de Davy Hamphry, uma contribuição à fisiologia e à nutrição vegetal. Os Elements of Agricultural Chemestry incorporavam as descobertas de Cavendish, de Scheele, de Priestley e de Lavoisier, à análise química das plantas e do solo, estabelecendo relações entre a composição das cinzas da massa vegetal e a composição dos nutrientes em formas de sais, que deveriam ser incorporados aos solos quando a análise destes revelasse carência. Também na Inglaterra, difundia-se a contribuição de James Watt, que consistia no uso do carvão mineral para geração de vapor, utilizado para acionar sistemas de máquinas estacionárias o que levou, mais à frente, seu emprego em máquinas auto-tracionadas, precursoras do trator.

Nesse período, de certa forma sob a influência dessa revolução científico-tecnológica na agropecuária, surgia, na Província da Bahia, a primeira instituição, stricto sensu, de pesquisa agropecuária no Brasil: o 'Imperial Instituto Bahiano de Agricultura', IIBA, com data de nascimento em primeiro de novembro de 1859. Sua sede própria resultou de adaptações feitas em um antigo mosteiro, situado na localidade conhecida como São Bento das Lages, povoado próximo a Santo Amaro da Purificação e ligado à vila de São Francisco. Visava-se com isto aproveitar as antigas instalações do Mosteiro de N. S. das Brotas, pertencente à ordem dos beneditinos, que lá chegaram antes que São Francisco do Conde ascendesse à categoria de vila, o que se deu no fim do século XVIII, cf. da Fonseca (1988).

A vila foi denominada posteriormente de São Francisco do Conde - atualmente município com o mesmo nome - por ter surgido por influência do engenho que pertencia ao Conde de Linhares, recebido por este como herança do seu sogro Mem de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil. As intervenções físicas somente foram finalizadas cerca de quinze anos mais tarde, em 1875 (Fiúza, 1934 e da Fonseca, 1988).

Na sua edificação original o IIBA consistia de um pavilhão central de três andares, onde estavam os laboratórios, de outras construções menores de apoio aos trabalhos de campo e de uma estação experimental. Nos seus primeiros 50 anos de vida a instituição realizou pesquisas e experimentos que contribuíram para a expansão e consolidação das lavouras da cana-de-açúcar, fumo, mandioca e algodão no Recôncavo Baiano.

Valiosa nesse período, sobretudo até a primeira década do Século XX, foi a colaboração de pesquisadores estrangeiros, principalmente franceses e alemães. O IIBA foi criado com dois objetivos: ensino e pesquisa. Desde sua fundação envolveu-se com o ensino agronômico, transformando-se, a partir de 1920, na Escola Agrícola da Bahia. Malgrado tenha vivido várias crises, a instituição formou centenas de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, dos quais uma parte veio a se dedicar à docência e à pesquisa em novas instituições científicas criadas na Bahia e em outros estados. Além de sua inequívoca importância na criação de um ambiente científico e cultural na Bahia oitocentista, o qual repercutiu nas várias áreas de conhecimento, teve o IIBA um papel fundamental na organização de instituições de pesquisa por produto, que visavam o apoio à economia agro-exportadora. Dentre estas as mais conhecidas foram o Instituto de Cacau da Bahia, ICB, e o Instituto Baiano de Fumo, o IBF, em cujas estações experimentais e laboratórios foram geradas inovações no que concerne à variedades de plantas - algumas resultantes de cruzamentos - e à procedimentos tipo técnicas de plantio, tratos culturais, controle de pragas e doenças e práticas de colheita, pós-colheita e beneficiamento. A influência do IIBA se estende até as grandes reformas administrativas dos anos 30 e 40, que mudam a fisionomia das ciências agrárias na Bahia.

O propósito do IIBA, segundo seus criadores, era oferecer uma alternativa à decadência das lavouras, introduzindo novos procedimentos produtivos, testando e desenvolvendo novas variedades, enfim gerando e difundindo novos conhecimentos que significassem um avanço em relação ao que era aplicado nos tempos coloniais. Sua criação foi uma iniciativa conjunta da corte imperial e da aristocracia açucareira, que associavam a decadência da lavoura de cana-de-açúcar à falta de créditos e de políticas protecionistas, mas também à ausência de técnicos que instruíssem os fazendeiros, seus empregados e seus escravos.

A idéia se materializou graças à passagem do Imperador Pedro II pela Bahia, quando voltava de uma viagem de visitas a outras províncias nordestinas. A viagem do Imperador ao Nordeste tinha como objetivo encontrar soluções - as quais, preferentemente, envolvessem o Governo Geral, o Governo Provincial e as classes produtoras - para a crise da economia agrário-exportadora. A crise, que já durava quase meio século, encontrava explicação no que Furtado (1974) chama de estancamento das exportações brasileiras, o qual repercutia sobre o nível de renda, ocasionando um longo declínio da economia. Em cinqüenta anos o valor das exportações brasileiras passou de 4 milhões de libras para pouco menos de 6 milhões, um crescimento anual de menos de um por cento. Mesmo este pequeno aumento, teve como protagonista o café. Excluído este produto, de acordo com o autor, o valor das exportações em 1850 é menor que em 1800.

Segundo Castro (1975) e da Costa (1985), o quadro se explicaria pela perda do impulso de exportação de açúcar a partir das primeiras décadas do século XIX, o que se agrava nas décadas seguintes, tendo como causas o fim das Guerras Napoleônicas e a concorrência do açúcar de beterraba produzido na Europa e do açúcar de cana produzido nas Antilhas, que já não viviam momentos de grande agitação social. A estas causas, Brandão (1998) agrega as dificuldades crescentes com a importação de escravos e, no caso particular da Bahia, vide Mattoso (1982), a uma epidemia de Cholera morbus, que teria dizimado 30.000 escravos.

Uma vez em Salvador, e a par do quadro de decadência das lavouras, Pedro II propôs uma parceria do Governo Geral com o da Província e com a elite de produtores rurais, com o objetivo de implantar uma instituição que se encarregasse da produção e da disseminação de conhecimentos agronômicos 1. A boa intenção e a receptividade não significaram, contudo, que a idéia do IIBA se concretizasse imediatamente. O que se deu foi, somente, o início de um processo de capitalização no qual os governos, Geral e Provincial, aportavam recursos de seus orçamentos, que somavam anualmente mais de quarenta contos de réis (40:000$000), e os produtores contribuíam com uma quota de cinco réis, por arroba de açúcar produzido. Esta composição, que viabilizou o aporte de recursos, foi uma sugestão bastante inovadora, até para os dias de hoje, da parte de Francisco Gonçalves Martins, o Visconde de São Lourenço. Em 1870, sem que os fundos arrecadados tivessem proporcionado a conclusão do projeto, o Conselho do IIBA propôs um acordo de cooperação com um centro de pesquisas agronômicas europeu, a Ècole Agricole du Grignon, sugestão logo abandonada porque iria demandar mais recursos ainda.

No que toca à localização da sede da instituição, após longas discussões e disputas envolvendo interesses de diferentes senhores de engenho e de parte da Igreja Católica, prevaleceu a tese de que, devido ao maior dinamismo da atividade açucareira e ao potencial dos solos de massapé, comparativamente aos outros da Província, a instituição deveria localizar-se no Recôncavo e nele com a maior proximidade possível da área de maior concentração dos engenhos. No que tange à micro-localização, em que pese houvesse melhores alternativas, a escolha terminou por recair, como já se fez referência, na localidade de São Bento das Lages.

As obras de construção da sede e das instalações de pesquisa e ensino foram conduzidas pelo naturalista francês Louis Jacques Burnet, inicialmente com mão-de-obra escrava e posteriormente através de empreitada com mestres e trabalhadores livres. Na avaliação de Burnet, a força de trabalho escrava era pouco produtiva e descuidada 2 o que teria levado a um atraso inexplicável (Fiúza, 1934).

Durante a fase construção e implementação das instalações do IIBA, contribuíram dois outros naturalistas, Louis Morreau e Frederic Maurice Draenert, os quais se envolveram, principalmente, com a importação de equipamentos para a pesquisa e livros para a biblioteca. Os laboratórios, os museus, as salas de clínica e intervenções cirúrgicas de medicina veterinária e a biblioteca, foram bem providos em termos de instalações e de acervo. A biblioteca, quando do início de funcionamento do IIBA, já contava com oito mil volumes (Fiúza, 1934 e Guimarães, 1934).

O custo total de implantação do IIBA foi de seiscentos e quarenta e oito contos de réis (648:000$000) e antes mesmo do início de seu funcionamento já se argumentava que o ensino agronômico não deveria esperar que a instituição de consolidasse em termos de pesquisa, experimentação e adaptação de lavouras exóticas. Pesava neste argumento a sugestão imperial para que IIBA se voltasse para o ensino e o fato de só haver na Província um outro curso superior, o de medicina, o que obrigava à elite baiana interessada em outra formação para seus filhos, a manda-los diplomarem-se em Pernambuco.

O início das atividades técnico-científicas se deu em 1875, com a nomeação do médico Arthur Cezar Rios como diretor. A abertura oficial do ensino das ciências agrárias, por sua vez, aconteceu em 15 de fevereiro de 1877, com o início dos cursos de engenharia agronômica e de medicina veterinária. Nesta primeira fase o IIBA contou com dezessete professores, a grande maioria brasileiros. A instituição oferecia, ainda, cursos técnicos, inclusive o de gerente florestal. Para conclusão dos cursos superiores se exigia a defesa de tese. O IIBA encerrou suas atividades em 1904 - já com o nome de Instituto Bahiano de Agricultura em virtude do advento da República - havendo formado 273 engenheiros agrônomos 3 , uma vez que o curso de veterinária não se consolidou. A participação dos donos de engenho sócios, na forma de pagamento de uma taxa por arroba de açúcar, desaparecera há mais de uma década. Como a instituição não tinha uma vinculação orgânica com o Estado, nem na esfera federal nem estadual, os problemas de manutenção se agravaram a ponto de que sua continuação se tornou inviável, desfazendo-se o modelo tripartite, de parceria entre o Estado, em seus dois níveis, e os produtores de açúcar (Fiúza, 1934 e Guimarães, 1934).

Neste mesmo ano de 1904 o estado da Bahia decidiu assumir integralmente a instituição, entregando seu destino a pesquisadores estrangeiros. Diante do grande prestígio da ciência germânica - em sua proposta da geografia da hegemonia da produção do conhecimento, Yusa, apud Baiardi (1996), define o período de 1810 a 1920 como sendo de inquestionável hegemonia da ciência germânica - são contratados três agrônomos alemães: Leo Zehutner, Julius Lohmman e Edmund Schubert.

Curiosamente, um destes sobrenomes, o de Lohmann, é o mesmo do cônsul da Áustria em Salvador, na segunda metade do século XIX. Tratava-se de um doublé de diplomata e comerciante e foi a pessoa que proporcionou todo o apoio necessário para que Ferdinand Maximilan da Áustria realizasse seus deslocamentos e suas incursões no entorno de Salvador e no Recôncavo. O Príncipe austríaco - que como 'viajante' brindou a historiografia brasileira com o seu Reise-Skizzen, Bahia, 1860, com 346 pgs. de relatos de grande importância para as ciências da natureza - teve em Sr Lohmann o seu anfitrião de fato. Durante sua passagem por Salvador, quando fez observações e classificações zoo-botânicas que depois resultaram em texto com 104 pranchas, das quais 32 coloridas, Maximiliano 4 não teve contato com as autoridades da Província (Habsburgo, 1982).

A liderança da nova instituição, então denominada de Instituto Agrícola, é confiada ao pesquisador Leo Zehutner, que vinha trabalhando com agricultura tropical na ilha de Java. Em sua primeira manifestação oficial o pesquisador alemão condenou o ensino agronômico que se conduzira no IIBA, taxando-o como excessivamente teórico, voltado para a formação de "bacharéis", que estavam mais interessados em empregos públicos que em dedicar-se à agricultura. O reduzidíssimo número de engenheiros agrônomos que após a graduação no IIBA foram conduzir atividades nas fazendas do Recôncavo ou de outras regiões do estado, era, para Leo Zehutner, um indicador de que o curso de agronomia deveria suspender seu funcionamento até que houvesse uma grande produção científica e técnica no Instituto. Estes já eram os primeiros sintomas de uma série de crises institucionais, as quais dão início a um processo de desestabilização que viria, anos mais tarde, fazer desaparecer a instituição. A sua manutenção, que sempre fora responsabilidade da administração federal, passa para esfera provincial, retornando em seguida para a órbita da União para, poucos anos após, reintegrar-se, definitivamente, no âmbito do Governo estadual. Com essa sucessão de mudanças, o IIBA entra em decadência e como instituição pioneira da pesquisa agropecuária no Brasil só recupera alguma importância, como se verá mais adiante, quando se transforma na Escola Agrícola, na década de 20,

A direção de Leo Zehutner, que durou seis anos, permitiu a atração de outros pesquisadores estrangeiros. Neste período vieram da Europa Ph von Schultzeburg, Paul Bigler, Paul Huart Chevalier, Zolinger e Charles Reginald Girdwood . Em que pese sua grande dedicação, Leo Zehutner não obteve o apoio que necessitava para manter uma instituição científica nos padrões que ele exigia. Por volta do fim da primeira década deste século, a instituição já havia passado por várias mudanças, tendo-se convertido em 1911 na Escola Média Teórico-Prática de Agricultura, com o acervo e a administração passando ao Governo Federal, a qual também tem vida efêmera.

O majestoso edifício que foi sede do IIBA somente abrigaria novas atividades em 1920, quando o estado da Bahia, mais uma vez, assume o acervo e recria o curso de agronomia por meio da Escola Agrícola, o qual permaneceu em São Bento das Lages até 1929. A partir de 1930 a Escola é transferida para Salvador, para a antiga Hospedaria dos Imigrantes de Mont Serrat, onde hoje funciona o CRA, Centro de Recursos Ambientais, aí permanecendo até 1945 quando, com o nome de Escola Agronômica da Bahia, é, mais uma vez, transferida, desta feita para o município de Cruz das Almas, vinculando-se à Universidade Federal da Bahia, a partir de 1970.

Em que pese sua vida efêmera, o IIBA, como já se salientou, deu uma contribuição significativa para a expansão e consolidação da agricultura e da agroindústria baianas. Além da atividade científica propriamente dita, a instituição orientava também a implantação da infraestrutura econômica das regiões produtoras, fazia fomento e prestava assistência técnica à produção e à comercialização. O IIBA legou nos seus primeiros 50 anos de vida um rico acervo de técnicas para as lavouras da cana-de-açúcar, fumo, mandioca e algodão. Merecem destaque os resultados relativos à seleção e à introdução de espécies e variedades, práticas de conservação do solo, tratos culturais e controle de infestações de pragas e doenças, por meio do uso de substâncias naturais e sais de cobre e cálcio. Compunham também o acervo de conhecimentos gerados por essas pesquisas as informações sobre a produção de açúcar e álcool e sobre o manejo animal.

A história do "Imperial Instituto Bahiano de Agricultura, IIBA, pode ser resumida nos seguintes grandes períodos:

1) Fundação e Construção (1859 - 1875), na localidade conhecida como São Bento das Lages, localizada atualmente em São Francisco do Conde, Bahia;

2) Abertura Oficial do Ensino das Ciências Agrárias, em 15 de fevereiro de 1877, com início dos cursos de Engenharia Agronômica e de Medicina Veterinária;

3) Encerramento das atividades em 1904 (o nome de Imperial Instituto Bahiano de Agricultura já havia sido mudado, pois sugeria uma forte vinculação com o Império), em virtude das crises da República. Formara 273 engenheiros agrônomos.

4) A Província da Bahia Assume Integralmente a Instituição, entregando seu destino a pesquisadores estrangeiros. São Contratados três agrônomos alemães: Leo Zehutner, Julius Lohmman e Edmund Schubert.

5) Leo Zehutner Desiste da Direção por Falta de Apoio à Manutenção da Instituição nos Padrões que ele Exigia. O Instituto Agrícola encerra suas Atividades em 1911.

6) O Acervo é Passado ao Governo Federal, que o utiliza para a instalação da "Escola Média Theórico-Práctica de Agricultura, a qual tem vida efêmera, funcionando de 1912 até 1920.

7) O Majestoso Edifício que foi Sede do Imperial Instituto Bahiano de Agricultura é desativado e somente seria Sede de Novas Atividades em 1920, quando o Estado da Bahia, através de sua Secretaria de Agricultura, mais uma vez, assume o acervo e recria o curso de Agronomia, o qual tem continuidade até os dias atuais funcionando em Cruz das Almas e vinculado à Universidade Federal da Bahia a partir de 1970, após um período efêmero de funcionamento em Salvador na Hospedaria dos Imigrantes.


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1. O Imperador D. Pedro II, inequivocamente um homem com sensibilidade para apoiar a produção do conhecimento, tinha por hábito estimular que terceiros também o fizessem. Consta que esses 'mecenas' da ciência que ele conseguia gerar, eram todos condecorados com uma pequena medalha do mérito científico.
2. A respeito da propalada desqualificação da mão-de-obra escrava, ver estudo de Costa Pinto contestando esta visão (1988).
3. Como era de se esperar, a maior parte dos que se graduaram em agronomia pertencia à elite baiana, sendo que parcela significativa tinha sobrenome relacionado com a aristocracia agrária.
4. Antes de Maximiliano Habsburgo, um outro príncipe austríaco com o mesmo prenome, Maximiliano Wied, visitou o Brasil na condição de viajante erudito, aqui permanecendo de 1815 a 1817 (Pinto, 1985).

sábado, 7 de junho de 2008

O que são: Hacker, Cracker, Lammer, Newbie, Carder etc

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http://letsrider.wordpress.com/2006/10/21/o-que-sao-hacker-cracker-lammer-newbie-carder-etc/


O QUE É UM HACKER ?

No jargão da informática, hacker é um termo digno.
O que é um hacker? Não existe tradução. A mais próxima seria “fussador” e o verbo to hack, “fuçar”. Hacker, vulgo “rato de laboratório”, era o termo usado pelos estudandes do MIT para designar aqueles que”fuçavam” nos computadores da Universidade além dos limites de uso. O Hacker difere do Guru, que já sabe tudo. Ele quer é descobrir como mexer com tudo (o contrário do usuário comum, que não tem remorso de usar um micro Pentium para escrever cartas durante o expediente). Não teme vírus de computador. O interessante até seria escrever um, mas não para difundir, só exibir para colegas.
Não da para definir o que é realmente um hacker. Mas em qualquer sala de computação existem aqueles que vão para trabalhar, aqueles que vão para aprender e aqueles que vão para se divertir. O Hacker faz tudo isso e ainda mais alguma coisa, um algo mais que não da para definir.
O contato constante com o computador e a vontade de fazer com que ele obedeça faz surgir o indivíduo “fussador”, que despreza a idéia de frequentar um curso ou pagar a um profissional para que o ensine a usar um programa. Alguns fazem dessa facilidade com a máquina uma profissão e mudam de ramo. A vontade de explorar este universo eletrônico transforma o indivíduo.
Qualquer pessoa que tenha pelo menos lutado para aprender uma linguagem de computação (PASCAL, C, ASM, etc) pode entender o que e o prazer de ver um programa funcionando direitinho. A denominação nao importa. O que importa é conseguir fazer a coisa funcionar com o mínimo de ajuda possível ou faze-la funcionar além do que os outros esperariam conseguir, como quando se consegue fazer o programa fazer algo que não normalmente faria. Ou melhor dizendo, dominar o programa.
Tentando definir, os hackers são basicamente feras da informática que adoram aprender como os sistemas funcionam externa e principalmente internamente. Algumas pessoas os definem como desordeiros e pessoas más, mas na verdade os verdadeiros hackers não são anjos, mas não saem por aí invadindo outros sistemas, causando danos ou espionando as informações dos outros. Não há magia no que eles fazem. A maioria das informações podem ser encontradas aqui mesmo na Internet. É só você relamente começar a procurar e se informar!
HACKER [originalmente, alguém que fabrica móveis utilizando um machado]
s.m.
1. Indivíduo que adora explorar os detalhes de sistemas programáveis e ampliar suas habilidades, em oposição à maioria dos usuários que prefere aprender apenas o minímo necessário.
2. Indivíduo que desenvolve programas com entusiasmo (e até de forma obsessiva) ou que prefere programar a se preocupar com os aspectos teóricos da programação.
3. Indivíduo capaz de avaliar a qualidade de ferramentas como uma enxada ou picareta.
4. Indivíduo que desenvolve programas com rapidez e qualidade.
5. Especialista em um determinado programa ou que costuma usá-lo com grande freqüência, como um hacker do Unix. (As definições de 1 a 5 são correlatas, e os indivíduos que nelas se enquadram formam um grupo coeso.)
6. Especialista ou entusiasta de um determinado tipo. O indivíduo pode ser um hacker em astronomia, por exemplo.
7. Indivíduo que adora desafios intelectuais envolvendo sucesso criativo ou superação de limitações.
8. [depreciativo]: Indivíduo malicioso e intruso que tenta obter acesso a informações confidenciais através de espionagem. Daí os termos hacker de senha, hacker de rede.
É preferível ser chamado de hacker pelos outros a se intitular um hacker. Os hackers consideram-se uma elite (um privilégio baseado na habilidade), embora recebam com alegria os novos membros. Eles sentem, entretanto, uma certa satisfação egocêntrica em serem identificados como hackers (mas se você tentar ser um deles e não consegue, é considerado falso).

LAMMER:

Lammer é na verdade otário em inglês. Cada um acha uma pessoa otário por um motivo.
Mas nesse caso, o cara é otário, porque enche o saco dos outros. Anuncia aos quatro cantos as merdas que faz, e se acha o máximo. É ou não uma atitude de um otário!?
Costuma-se pensar também que lamer é um hacker iniciante, um aprendiz. Que burrice.
Um lamer é julgado lamer por suas atitudes e não por seus conhecimentos. E não se deve confundir um lamer com um newbie. Coitado do newbie, ele não sabe que certas perguntas não se faz. (|:^D
Algumas pessoas são tão lamers, que chegam ao ponto de sacanear pessoas com nicks (no caso de chats) de: Iniciante Hacker, Aprendiz de hacker, e tem a cara-de-pau de dizer:
“Odeio aprendizes”. Putz, ninguém nasce sabendo. Tem um carinha que frequenta a sala de Computação do UOL, que às vezes é perturbado por uns otários.
O que estamos dizendo, não é para você sair sendo um anjinho, beijando passarinhos e tal, mas analisar suas atitudes.
Lembre-se: “Um lamer é julgado por suas atitudes, não pelo que ele sabe!”. O cara pode ser o cara mais foda do pedaço, saber de tudo e mais um pouco, mas ainda assim ser um lamer.
Ei, voce é lamer!? Por favor, não deixe de ser lamer! Temos que salvar essa raça em extinção. Afinal, você é tão otário que assume ato dos outros e o hacker fica tranquilo, hehehe.

CRACKER:

Bom, esse é polêmico. Algumas pessoas definem como hacker mau, outras definem como quebradores de segurança. Quebram senhas de provedores, programas shareware, senhas de proteção de jogos etc. Para resumir, Hacker é o menino bom e o Cracker o menino mal. Por isso a confusão. Na TV vemos sempre que um “hacker” foi preso. Mas ué? Na verdade é cracker, mas no começo dessa “mania” ainda não existia a definição de “cracker”. Então a mídia simbolizou erradamente todos os vilões como hacker.

Um cracker pode ou não ter maior conhecimento sobre um hacker, mas utiliza-os para o lado mal da coisa. Roubar senhas, invadir e deixar “down” um servidor, cracks para programas, modificar programas e jogos sem permição, lançar versões falsas e crackeadas de programas (warez) etc.

NEWBIE:

Newbie é o novato na rede. Ele se mete em lugares que não devia, faz perguntas que não deve. Mas isso não seria uma atitude lammer? Na verdade é uma atitude ingênua. Mas aquele cara que entra num chat com nick de “newbie” é um otário querendo dar umade ingênuo. Por mais que o cara seja ingênuo, ele não vai entar na sala com isso
estampado na cara. Newbie é “O NOVATO”. Ele estuda e coleta informação.
WANNABIE:

Neste nível encontra-se os primeiros usuários que utilizam programas desenvolvido por
experts:
Brute Force AFD, Exploits, Portscan, NUA Attack, Jammer, ESN Converter etc.
Ou seja, é depois que um newbie. Utiliza programas feitos por maiores, sem muito conhecimento sobre qualquer ética hacker, mas com conhecimento básico sobre o que é ser um, e só por diversão e/ou tentativa de reconhecimento social. É o segundo passo para seguir para a área hacker.

LARVA:

Já é um user mais experiente. Tem conhecimentos suficientes para produzir pequenos programas para uso pessoal, e pode até conseguir invadir servidores pequenos ou de médio porte com falha na segurança. Já é uma transição para ser um Cracker ou Hacker.

PHREAKER:

Isso eu já publiquei. Resumidamente, é aquele que é especializado em telefonia, modem ou qualquer coisa ligado a esses dois. Pode-se dizer que é um cracker dos telefones. Burla métodos de ligações, altera sistemas telefônicos, ligam de graça para qualquer lugar e muito mais.

CARDER:

Carder é o termo usado para designar um cracker que se especializou em roubar senhas de cartões de credito e de bancos, seja por trojan ou chupa-cabra. Quando tem essa informação ou usa para um bem proprio ou vende por preços altissimos. Geralmente se encontram em IRC ou em Bate-papo de diretorio oculto, para trocar informação e senhas
DEFACER:

Defacer é aquele que invade um servidor de um determinado site (geralmente em grupos) e desfigura a página inicial daquele site. Muitos Defacements já ocorreu em todo mundo nos principais sites. Cada grupo segue uma ética, e cada grupo coloca mensagens e imagens de acordo com ela. Muitos deixam recados de acordo com acontecimentos atuais, sempre a favor da boa ética.

CYBERPUNK:

Cyberpunk Foi um conceito utilizado pela primeira vez pelo escritor de ficção cientifica
William Gibson, em seu livro entitulado Neuromancer, lançado nos E.U.A, em 1984. Esta tribo é herdeira da cultura punk como um fenômeno tecno cultural (rock + computadores). A palavra punk apareceu pela primeira vez em letra de rock em 1973, na música Wizz Kid, mais foi somente em 1975 com a banda Sex Pistols que transformou-se em um movimento estético de atitude kamikase.

São tecno-anarquistas que lutampela manutenção da privacidade no ciberespaço através da difusão de programas de criptografia de massa.Tentam proteger o cidadão comum contra as tentativas governamentais e empresariais de esquadrinhar suas vidas apartir das pistas deixadas quando utiliza qualquer sistema elerônico.
O programa PGP (Pretty Good Privacy) criado por P. Zimmermann é um dos principais instrumentos utilizados pelos cypherpunks.

SCRIPT KIDDIES:

O script kiddie é alguém procurando por um alvo fácil. Eles não procuram por informações ou companhias específicas. O seu objetivo e obter o acesso root da maneira mais fácil possível. Eles fazem isto focalizando em um pequeno número de exploits, então eles procuram pela Internet inteira, até que conseguem encontrar uma máquina que seja vulnerável (cedo ou tarde isto certamente acontecerá).

Alguns deles são usuários avançados, que desenvolvem suas próprias ferramentas e deixam para trás as backdoors sofisticadas. Alguns não tem a mínima idéia do que estão fazendo, sabem somente digitar “go” no prompt de comando. Embora o nível técnico deles possa ser diferente, todos eles usam uma estratégia comum, procurando alternadamente por falhas específicas, para que posteriormente eles possam explorar estas falhas.
Fontes: Wikipédia, Ética Hacker, eu

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sábado, 31 de maio de 2008

Embrapa armazena dados detalhados sobre o solo brasileiro na internet.

ESTE TEXTO FOI COPIADO INTEGRALMENTE DO SITIO:
ambienteemfoco.com.br
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29 Maio, 2008 - 07:42h Délcio Rocha

Com o objetivo de possibilitar o armazenamento, manipulação e disponibilização das informações sobre os solos brasileiros, a Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) e a Embrapa Solos (Rio de Janeiro), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, investem no desenvolvimento de um Sistema de Informações de Solos.
O sistema de solos vai armazenar dados detalhados sobre esse recurso natural, para que possam ser acessados pela internet, combinados e analisados, sob vários pontos de vista.
O banco reunirá informações de solos coletados e analisados de todas as regiões do Brasil. A partir desta base de dados serão desenvolvidas aplicações para a tomada de decisões do agronegócio, em zoneamento agrícola, na estimativa da produtividade de culturas, no ensino e na pesquisa.
A base será, ainda, continuamente alimentada por pesquisadores da Embrapa e de outras instituições.
-A principal característica desse sistema é reunir dados de perfis de solos, análises de fertilidade e mapas. Serão mais de quatro mil perfis iniciais-, informa Humberto Gonçalves dos Santos, pesquisador da Embrapa Solos.
Subsídios
Os perfis serão úteis principalmente para pesquisadores e estudantes da área de Ciência do Solo e o componente sobre fertilidade vai subsidiar a tomada de decisões dos agricultores, acrescenta o pesquisador. As informações georreferenciadas complementarão o banco, fornecendo elementos cartográficos.
O sistema de informação ficará disponível no site da Embrapa Informática Agropecuária, podendo ser utilizado por usuários cadastrados. Para o pesquisador da unidade Stanley Oliveira o trabalho atende às demandas dos pesquisadores da área de solos e resgata as principais funcionalidades de sistemas anteriores, além de agregar novas funcionalidades indicadas por especialistas.
Outro objetivo do banco é apoiar a evolução do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos - SiBCS, em desenvolvimento. -Este tipo de consulta vai ampliar o conhecimento, análises e descrições morfológicas, definindo melhor a classificação de solos e até mesmo aprimorando-a-, explica o pesquisador da Embrapa Solos.

Fonte: EMBRAPA

segunda-feira, 19 de maio de 2008

OS CINCO S's

TEXTO RETIRADO INTEGRALMENTE DO SITIO:

http://www.administradores.com.br/artigos/13800/


O 5 S é uma ferramenta administrativa que auxilia na implantação da qualidade, organização e otimização nas empresas. Criado no Japão, logo após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de auxiliar na reestruturação do País, que necessitava reorganizar suas industrias, melhorando a produção por causa da alta competitividade do pós-guerra. O programa 5 S visa conscientizar a todos da importância da qualidade no ambiente de trabalho. É a implantação de uma nova cultura que necessita contar com o comprometimento das equipes de trabalho para gerar os resultados esperados, ambientes limpos, organizados, asseio e bem estar que proporcionam condições para uma maior produtividade. O Programa baseia –se em 5 conceitos:

1.º S - Seiri - Senso De Utilização E Descarte Conceito: "Separar O Útil Do Inútil, Eliminando O Desnecessário".

2.º S - Seiton - Senso De Arrumação E Ordenação Conceito: "Identificar E Arrumar Tudo, Para Que Qualquer Pessoa Possa Localizar Facilmente".

3.º S - Seiso - Senso De Limpeza Conceito: "Manter Um Ambiente Sempre Limpo, Eliminando As Causas Da Sujeira E Aprendendo A Não Sujar".

4.º S - Seiketsu - Senso De Saúde E Higiene Conceito: "Manter Um Ambiente De Trabalho Sempre Favorável A Saúde E Higiene".

5.º S - Shitsuke - Senso De Auto-Disciplina Conceito: "Fazer Dessas Atitudes, Ou Seja, Da Metodologia, Um Hábito, Transformando Os 5s's Num Modo De Vida".

Cada uma das etapas acima se complementam. Vamos analisar cada conceito e verificar sua importância e valor no dia a dia das empresas:

1º Seiri - Senso De Utilização E Descarte " O primeiro passo para se colocar ordem na casa é separar o útil do inútil. O que realmente é utilizado nas tarefas diárias e aquilo que raramente ou nunca usamos. Essa arrumação começa a dar sentido a filosofia de uma nova cultura. O que não é necessário pode e deve ser descartado, transferido para outro departamento, doado, ou simplesmente jogado fora. Ao iniciar este trabalho as pessoas verão que a maioria dos objetos ou papeis guardados realmente são sem importância. Que estavam simplesmente tumultuando o local de trabalho ou ocupando espaço que servem para organizar objetos utilizados constantemente.

2º Seiton - Senso De Arrumação E Ordenação Após organizar e separar o útil do inútil chegou a hora de arrumar e ordenar todo o material. Nesta etapa é importante classificar todos os objetos conforme sua necessidade de uso, aqueles usados constantemente devem ficar sempre mais acessíveis do que os objetos usados raramente. É muito bom que os objetos sejam identificados, rotulados para que qualquer pessoa que necessite possa encontrar com facilidade e rapidez. Esta etapa auxilia a administração do estoque, pois os materiais são identificados com facilidade e se torna mais prático saber quando está acabando determinado item. E evita também a compra em duplicidade.

3º Seiso - Senso De Limpeza Nada mais propicio para a realização de um trabalho do que a limpeza. Um ambiente limpo pode até ser simples, mas proporciona conforto as pessoas que ali trabalham. Esta etapa consiste na conscientização dos funcionários que primeiro não sujem e segundo se sujar limpem. Se cada um contribuir com a limpeza do local de trabalho muitos desperdícios de tempo e dinheiro serão evitados. Implante esta cultura nas suas equipes: "Usou, limpe e guarde".

4.º Seiketsu - Senso De Saúde E Higiene É o senso de asseio. Cada pessoa tem que cuidar da sua aparência e higiene pessoal, justamente porque são a imagem da empresa. É importante eliminar hábitos de comer no local de trabalho ou fumar. Coisas deste tipo incomodam tanto o cliente interno quanto o externo. Ninguém precisa usar roupas de grife, mas necessita ter cuidado com suas vestimentas. Procurando sempre ter cuidado co m o básico. Ambiente limpo e asseio próprio.

5.º Shitsuke - Senso De Auto-Disciplina Esta ultima fase é a fase da aceitação e comprometimento das equipes de trabalho. Apesar de ser um programa implantado para beneficio conjunto, tanto a empresa e os funcionários terão melhorias, redução de tempo na execução das tarefas, rapidez, facilidade e maior organização, ainda existe algumas resistências. Estamos falando de mudanças e onde que uma implantação de uma nova cultura não gerará certas insatisfações? Alguns podem até serem mais complicados, mas a partir do momento onde a maioria do grupo se comprometer e os resultados começarem a aparecer a resistência diminui.

Ao implantar o programa faça uma reunião com todos do grupo, explane o programa e os benefícios. Eleja alguns lideres para ajudar na avaliação dos resultados e verificação da implantação dos 5 S. Faça um rodízio de lideres, isto ajuda a criar um elo maior com a implantação do programa. Motiva o grupo a participar e agir conforme cada etapa. Faça reuniões periódicas apresentando os resultados, parabenize os mais atuantes e comprometidos. Lembre-se que o programa tem como pontos principais eliminar o desperdiço, o custo extra, o cansaço em excesso, os problemas de saúde e a falta de produtividade. È uma das etapas do sistema da Qualidade que serão complementadas com outros aspectos como a excelência no atendimento, a qualidade dos serviço e produtos, a imagem e reputação da empresa no mercado, e a eficiência e eficácia na realização das tarefas.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Brasileiro investe pouco na carreira; consultor diz como fazer gasto valer a pena

ESTA MATÉRIA FOI RETIRADA NA INTEGRA DO SITIO:
http://www.administradores.com.br/noticias/brasileiro_investe_pouco_na_carreira_consultor
_diz_como_fazer_gasto_valer_a_pena/14992/



O brasileiro destina pouco dinheiro do próprio bolso para a formação profissional, revelou pesquisa realizada pela Interactive Brasil, com 200 profissionais da região sudeste e de diversas formações acadêmicas.

Os dados mostraram que, apesar de 94% dos entrevistados saberem da importância do desenvolvimento profissional, apenas 15% deles fazem cursos extras de aperfeiçoamento. Todas as pessoas ouvidas disseram saber que as chances dobram quando se faz um investimento pessoal.

De acordo com o educador da Interactive, César Kyn D'Ávila, o que acontece é que os profissionais esperam que as empresas invistam neles. "A pesquisa mostrou que os profissionais estão dispostos a pagar entre R$ 200,00 e R$ 500,00 em um curso".

Faça o dinheiro valer a pena!

Para o gestor em gestão corporativa, Wener Kigelmeier, os profissionais devem ter em mente que o curso não é apenas um dinheiro a mais gasto e que pesa no orçamento, mas um investimento que trará retorno.

Ele ainda orienta os profissionais a aproveitarem ao máximo os cursos."Ao escolher um curso é fundamental praticar networking, conhecer os professores, pegar dicas com outros profissionais e manter-se atualizado. Tem que fazer o dinheiro valer a pena", afirmou.

Interaja e não fique na "panelinha"
A mesma opinião sobre interação é dividida pela coordenadora do departamento de gestão de carreiras da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), Janete Teixeira Dias, sobre como agir na pós-graduação."Se aproxime das pessoas, não fique apenas na sua roda de amigos", aconselha.

"É uma chance de trocar experiências, conhecer as práticas mais modernas e saber o que os profissionais de sua área estão fazendo para obter êxito. Essa troca dá mais segurança para arriscar no trabalho", garante Janete.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Você ainda tem banda larga?

Você ainda tem banda larga?

copiada na integra do sitio:

http://info.abril.uol.com.br/blog/sandra/20080320_listar.shtml



Até agora, banda larga era qualquer coisa com 200 Kbps. Agora, tem de ser 768 Kpbs, no mínimo. Muita banda foi rebaixada...

O órgão americano FCC, Federal Communications Commission, costuma ser a referência para o que é e o que não é banda larga. Acusado de usar métodos ultrapassados, resolveu dar uma repaginada em seus critérios. O resultado, divulgado esta semana, está aí: banda estreita, porém não discada, que passava por larga, não passa mais.

Pelos dados do Barômetro Cisco de Banda Larga de março deste ano, 28,1% dos 8,1 milhões de assinantes de banda larga no Brasil têm um serviço de 1 Mbps ou acima disso. A maioria fica na mão de velocidades bem inferiores. Grosso modo, com a mudança de critério, dois terços dos brasileiros caíram da banda larga para o limbo da banda dedicada, mas lerda.
Postado por - Sandra Carvalho - 20/03/2008

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Gestão de Metadados: Sua Evolução na Tecnologia da Informação

Este artigo foi retirado da net de forma integral e aborda uma visão muito esclarecendo sobre dados e informação não só para ambientes corporativos mas também para nossa vida diaria como usuários.
Fonte: http://www.dgz.org.br/dez01/Art_02.htm


DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação - v.2 n.6 dez/01 ARTIGO 02


Gestão de Metadados: Sua Evolução na Tecnologia da Informação
Metadata Management: It's Evolution in Information Technology
por Ricardo Shoiti Ikematu





Resumo: Antes de tratar o assunto de gestão de metadados, tentamos revisar a definição do que é metadados. Logo após, discorremos sobre o tratamento de metadados através do tempo. Depois, procuramos destacar a importância e o contexto deste assunto nas organizações. Abordamos as forças que atuam sobre os metadados e os classificamos em duas categorias básicas. Dentro destas categorias, mostramos as ações que têm sido feitas pela comunidade de Tecnologia de Informação. Por fim, abordamos, ainda que superficialmente devido à sua complexidade, o assunto de gestão de metadados.
Palavras chave: Metadados; Gestão de Metadados; Tecnologia da Informação

Abstract: Before concerning about metadata management, we rewied the very definition of "metadata". Then, we considered the metadata treatment along the time. Afterwards, we tried to underline the importance of the issue and its context in organizations. We considered the forces acting on metadata and we classified them in two basic categories, showing the actions carried out by the Information Technology community. Last, we considered metadata management, although superficialy because of its complexity.
Keywords: Metadata; Metadata Management; Information Technology

1. Visão Geral

As pessoas que têm algum contato com alguma ferramenta de Tecnologia da Informação provavelmente utilizam alguma forma de metadados, mesmo sem saber que as usa ou o seu significado. Isto é normal até porque a sua própria definição não é um consenso, gerando alguma confusão. A definição mais comum de metadados é dados sobre dados. Porém esta definição não diz muita coisa. Ao pesquisar sobre metadados você provavelmente encontrará diferentes interpretações. Selecionei algumas delas somente para ilustrar esta questão.

. Metadados são dados que descrevem atributos de um recurso. Ele suporta um número de funções: localização, descoberta, documentação, avaliação, seleção, etc.
. Metadados fornece o contexto para entender os dados através do tempo.
. Metadados é dado associado com objetos que ajuda seus usuários potenciais a ter vantagem completa do conhecimento da sua existência ou características.
. Metadados é o instrumental para transformar dados brutos em conhecimento.

Segundo Terry Moriarty, estas diferentes interpretações estão relacionadas ao estágio da organização dentro da hierarquia evolucionária de gestão do conhecimento (ver figura 1). Organizações no nível mais baixo da hierarquia gerenciam dados brutos. Organizações mais avançadas são capazes de administrar seus recursos de informação no nível de Informação, Conhecimento ou Sabedoria. No nível de informação, o foco é nos relacionamentos entre todos os componentes do sistema e os papéis individuais que eles assumem no sistema. Uma organização que está envolvida ao ponto que ela pode mostrar explicitamente as regras de negócio governando, seu comportamento está no nível de conhecimento. Uma organização atinge o nível mais avançado da hierarquia quando ela monitora ativamente seus sistemas para garantir que seu comportamento esteja de conformidade com o planejado. Tal que uma organização pode detectar e diagnosticar qualquer comportamento anormal do sistema.

A finalidade principal dos metadados é documentar e organizar de forma estruturada os dados das organizações, com o objetivo de minimizar duplicação de esforços e facilitar a manutenção dos dados.

Para se ter uma idéia da sua importância vamos fazer uma analogia no mundo real. Os dados sem os metadados é como se fosse um turista em uma cidade desconhecida sem qualquer informação sobre esta cidade. O usuário fica sem uma orientação para obter a informação desejada.

Atualmente o interesse sobre o assunto de metadados vem crescendo porque:

. as pessoas necessitam melhores formas de encontrar e avaliar informações na Internet e nas intranets;
. os sistemas de gerenciamento de conhecimento integrando informações de fontes múltiplas e aplicações precisam (ser mais fácil de pesquisar e manter) oferecer maior facilidade de pesquisa e manutenção.


Estágio
Recurso a ser administrado
Definição de Metadados
Dados
Valores dos dados
Informação necessária para administrar o recurso dos dados
Informação
Valores dos dados e o contexto da informação
Informação necessária para administrar o recurso da informação
Conhecimento
Valores dos dados, contexto da informação e instruções das regras de negócio
Informação necessária para administrar as regras e políticas de negócio da organização
Sabedoria
Valores de dados, contexto da informação, regras de negócio executáveis, monitoração das regras de negócio e regras e métricas de avaliação
Informação necessária para administrar o comportamento da organização de acordo com suas regras e políticas de negócio.

Figura 1 – Nível de Gerenciamento do Conhecimento

2. A Evolução no Tratamento de Metadados

Metadados é um assunto que é tratado há muito tempo em sistemas de processamento da informação. O que tem mudado é o escopo de sua atuação conforme a evolução da Tecnologia da Informação.

Antigamente os metadados somente estavam vinculados internamente aos programas. Com o surgimento dos Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD), muitas organizações tentaram implementar alguma forma de dicionário de dados, a partir dos anos 70. Depois vieram as ferramentas CASE e os ambientes de desenvolvimento com seus repositórios proprietários. Nos anos 80, houve uma iniciativa frustada da IBM de criar um repositório global para troca de metadados através do seu AD/Cycle.

Através dos tempos, metadados tem sido apresentado para a comunidade de informática como um problema intratável. E como as organizações cresceram, os problemas com metadados se multiplicaram. Entretanto, os próprios problemas com metadados apresentam boas oportunidades para os fabricantes de software. Porém, isto é mais evidente em ambientes de Data Warehouse corporativos.

3. A Sua Importância Para a Organização

Metadados existe em todas as funções da Tecnologia da Informação (TI). Porém uma das razões porque os esforços de metadados falham é porque metadados é considerado apenas um recurso técnico.

Em Post Capitalist Society, Peter Drucker escreve "o recurso básico da economia não é capital, nem recursos naturais ou trabalho. Ele será o conhecimento. O valor agora é criado pela produtividade e inovação, ambos aplicações do conhecimento para o trabalho".

Através de afirmações como esta podemos dizer que a informação é o patrimônio mais valioso da organização? Eu diria que sim, mas as pessoas ainda encontram bastante dificuldade para justificar esta afirmativa em suas organizações.

Muitas organizações não fazem o melhor uso de suas informações porque elas não são bem gerenciadas. Uma das razões porque a informação é tão mal administrada pode ser porque ela não é bem entendida. A informação não obedece as mesmas leis econômicas de outros patrimônios. Ela tem algumas propriedades únicas que devem ser entendidas para administrá-la efetivamente. A seguir, discutiremos algumas destas propriedades.

A informação é compartilhável infinitamente. Podemos combinar as informações de várias formas para beneficiar a organização. Porém, conhecimento é poder, e como resultado, as pessoas não compartilham informações facilmente. A restrição de informação representa uma perda de oportunidades de negócio, tanto quanto custos adicionais para a organização, com várias áreas de negócio controlando a mesma informação.

O valor da informação aumenta com o uso. Em muitas organizações existem muitas informações que poderiam ser usadas para adquirir vantagem competitiva, entretanto as oportunidades não são realizadas porque as pessoas não sabem que elas existem ou não podem acessá-las.

O valor da informação diminui com o tempo, porém ela varia conforme o tipo da informação: informações para tomada de decisão têm uma vida útil maior que informações operacionais.

O valor da informação aumenta quando combinada com outra informação. A informação geralmente é mais útil quando ela pode ser comparada e combinada com outra informação.

A informação gera outra informação. O processo de usá-la tende a resultar em mais informação.

Até hoje a transformação de dados em informação tem sido conduzida pela tecnologia (Dados + Contexto = Informação). Estes avanços tecnológicos estão sendo integrados pela organização. Esta integração ajuda a gerenciar não só a informação, mas também formas em que as pessoas aprenderão e influenciarão a informação e a compartilharão com outros. (Informação + Experiência = Conhecimento).

A tecnologia de metadados está surgindo em função das necessidades das organizações de conhecer melhor os dados que elas mantêm e conhecer com mais detalhes os dados de outras organizações através de intranets e extranets. A catalogação dos dados propiciará a maior utilização deles por usuários com múltiplos interesses. Sem uma documentação eficiente dos dados é dificultada aos usuários a localização de dados necessários para suas aplicações.

Organizações que não documentam seus dados, freqüentemente, com o decorrer do tempo, ficam sujeitas à superposição de esforços de coleta e manutenção de seus dados, vulneráveis a problemas de inconsistências e, principalmente, pagarão um alto custo pelo não uso ou uso impróprio dessa informação.

4. Forças Atuantes

Um dos principais motivos porque metadados é um problema é que cada unidade de metadados é colocada entre duas fortes forças com direções opostas. Aonde isto é acentuado há uma instabilidade do ambiente. Se há a necessidade de integração e uma uniformidade de linguagem e significado dos dados através da corporação, os metadados devem ser o núcleo dos esforços, geralmente de forma centralizada. Por outro lado, o usuário final deve ter autonomia de processamento para ter criatividade e produtividade em seu ambiente de trabalho. Ele não está preocupado com a gestão de metadados. Ainda não há ferramenta que trabalhe os dois aspectos ao mesmo tempo.

5. Categorias Básicas

Ao estudar o assunto de metadados você encontrará uma enorme variedade de taxonomias a respeito do assunto. No meu entendimento, há uma divisão clara em relação a metadados que denominei de duas categorias básicas: metadados técnico e metadados de negócios. Preferi chamar de categoria porque as classificações que encontrei podem ser encaixadas dentro de uma categoria ou da outra.
Metadados técnico é a descrição dos dados necessários pelas várias ferramentas para armazenar, manipular ou movimentar dados. Estas ferramentas incluem banco de dados relacionais, ferramentas de desenvolvimento de aplicações, ferramentas de modelagem, ferramentas de pesquisa em banco de dados, ferramentas OLAP, etc.

Para os fabricantes atingirem um nível de integração de metadados há várias estratégias: construir uma ponte proprietária entre vários produtos, fornecer uma solução completa de Tecnologia de Informação ou criar um padrão internacional de troca de metadados.

As pontes oferecem uma alta funcionalidade e compartilhamento de metadados. Mas manter estas pontes consome muitos recursos, especialmente se o número de pontes cresce. Vários fabricantes estão adquirindo ou construindo os componentes necessários para oferecer um ambiente integrado de uma solução completa. Esta estratégia requer que o usuário abandone as melhores abordagens e se sujeite aos produtos de um único fabricante. Os usuários têm que pesar as desvantagens de ficarem presos a uma linha de produtos de um fabricante contra as funcionalidades que um ambiente proprietário pode oferecer.

A outra alternativa é a utilização de um meio comum para a troca de metadados através dos padrões internacionais.
Existem padrões diferentes de metadados para finalidades distintas de informações. Para se ter uma idéia da variedade de esforços vamos relacionar alguns destes padrões:
. Directory Interchance Format (DIF) – padrão para criar entradas de diretórios que descrevem um grupo de dados;
. Government Information Locator Service (GILS) – informações governamentais;
. Federal Data Geographic Committee (FGDC) – descrição de dados geoespaciais;
. Machine Readable Card (MARC) – catalogação bibliográfica;
. Dublin Core (DC) – dados sobre páginas da Web;
. Consortium for the Interchange of Museum Information (CIMI) – informações sobre museus;
. Meta Data Interchange Specification (MDIS) - padrão para troca de metadados entre ferramentas da Tecnologia de Informação;
. Open Information Model (OIM) – conjunto de especificações para facilitar o compartilhamento e reuso no desenvolvimento de aplicações e data warehouse;
. Common Warehouse Meta Model (CWM) – padrão para troca de informações entre esquemas de banco de dados e data warehouse.

Metadados de negócio é a descrição de dados necessários pelos usuários de negócio, para entender o contexto do negócio e o significado dos dados. Atualmente existem ferramentas só para efeito de documentação.

Quando metadados for rotineiramente usado para gerar regras de negócio executáveis, a definição de metadados será a representação de instruções de regra de negócio de acordo com o esquema de classificação que pode ser transformado em sistemas de informação do negócio.

6. Gestão de Metadados

Para iniciar o gerenciamento de metadados você precisa primeiro delimitar seu escopo de atuação. É muito difícil decidir quais metadados devem ser coletados e mantidos. Uma arquitetura de informação deve ser flexível para permitir um acréscimo ou decréscimo na quantidade de metadados à medida que novas necessidades surgem.

Há vários problemas ao lidar com metadados:
. Metadados tomam uma variedade de formas, especializadas ou gerais;
. Novos conjuntos de metadados irão ser criados à medida que a informação da rede fique mais madura;
. Diferentes comunidades irão propor, projetar e ser responsáveis por diferentes tipos de metadados;
. Existem muitos usuários de metadados;
. Adoção de diferentes vocabulários de metadados significa aumento de buscas usando vocabulários de metadados que não são familiares.

As tarefas para criar um ambiente de gestão de metadados são:
. definir requisitos para metadados que devem estar disponíveis para os usuários de dw;
. desenvolver a arquitetura de gestão dos metadados do dw;
. selecionar que ferramentas deveriam ser incorporadas na infra-estrutura de gestão de metadados;
. desenvolver programas que integram e customizam as ferramentas selecionadas para atender as necessidades de gestão de metadados específicos da organização;
. desenvolver e executar um programa de treinamento para os usuários de metadados do Data Warehouse.

O projeto de gestão de metadados é mais um problema de integração de sistemas do que um esforço de desenvolvimento de aplicações. Poucas organizações constroem suas próprias ferramentas de gestão de metadados.

CONCLUSÃO

Os metadados vão adquirir muito mais importância com o casamento da tecnologia Web e Data Warehousing. Esta união resultará em um único ponto de acesso para a informação do negócio através de um ‘browser’ de metadados seja na intranet, sistema operacional ou data warehouse. Os metadados se tornarão um componente crítico para qualquer arquitetura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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RIBEIRO, Gilberto Pessanha. Metadados geoespaciais digitais. In: WORKSHOP DE BANCOS DE DADOS NÃO CONVENCIONAIS, (2. : 1995 : Niterói) Anais... Niterói, 1995.

ROBERTSON, Paul. Integrating legacy systems with modern corporate applications. Communications of the ACM, New York, v. 40, n. 5, p. 39-46. May 1997.


Sobre o autor / About the Author:
Ricardo Shoiti Ikematu
ritchie@celepar.gov.br